As duas fotos abaixo retratam um mesmo local em dois momentos históricos diferentes. Elas são imagens de uma praça central da cidade de Curitiba (PR) em 1955 e 2010, respectivamente. Na década de 1950, a praça servia de parada de ônibus, mas ali também havia futebol de pelada. Atualmente, calcula-se que passem cerca de 50 mil pessoas por esse local diariamente – um dos grandes terminais rodoviários da cidade.
Pela análise das fotos, é possível perceber as mudanças históricas relativas ao transporte, construções, arborização e outras.
Praça Rui Barbosa em Curitiba (PR), 1955.
Praça Rui Barbosa em Curitiba (PR), 2010.
Não é de estranhar que a preocupação com a documentação transpareça na maior parte da produção fotográfica do século passado. Havia a intenção explícita de documentar o mundo e representá-lo em suas variáveis sociais e materiais. O espaço urbano e os tipos humanos foram os principais temas registrados.
A primeira vez que a fotografia apareceu publicada na imprensa foi em 1880 no jornal Daily Herald, de Nova Iorque. A possibilidade dessa utilização provocou uma revolução nos meios de comunicação existentes. Tratava-se da reprodução da imagem fotográfica em escala industrial. Essa nova tecnologia transformou a imprensa e a fotografia começou a ganhar cada vez mais espaço nas páginas dos jornais.
Inicialmente, a fotografia foi utilizada tão somente para ilustrar os textos escritos, dos quais era mero auxiliar. Os fotógrafos dotados de equipamentos pesados, de pouca mobilidade e difícil manejo, se viam incapazes de adequar sua atuação à velocidade dos acontecimentos. Para trabalharem em recintos fechados eram obrigados a usar flashes de magnésio que cegavam momentaneamente as pessoas retratadas assim, em posições ridículas e depreciativas. De antemão sabia-se o resultado das fotos encomendadas: poses calculadas e rostos crispados pela luz dos flashes. Para esses primeiros fotógrafos de imprensa, o mais importante era documentar os fatos da forma mais objetiva possível. Geralmente provenientes das camadas populares da sociedade, eles eram incultos, gozavam de total desprestígio social e recebiam péssima remuneração. Foi somente a partir do final da década de 1920 que essa situação começou a se modificar.
Em 1925, foi lançada no mercado de aparelhos fotográficos da Europa uma câmara que viria revolucionar a fotografia – a Leica. Essa máquina determinou o redimensionamento da fotografia de imprensa: versatilidade e discrição seriam as suas novas características. É claro que um aparelho tão revolucionário para a época não poderia ser aceito de imediato. No entanto, com o passar do tempo, conseguiu grande aceitação no meio jornalístico.
A fotografia na imprensa brasileira surgiu no início do século. Junto a essa fotografia de reportagem incipiente apareceram as primeiras fotos de publicidade, ligadas ao crescimento do mercado interno e à reestruturação do setor terciário da nossa economia. Os nossos primeiros repórteres fotográficos eram provenientes das classes populares, pessoas sem formação e com instrumental técnico inadequado à sua atividade. Durante quarenta anos, essa foi a realidade da fotografia de imprensa no Brasil. Foi a revista O Cruzeiro, na década de 1940, que modificou definitivamente o estatuto social do fotógrafo, a partir da inclusão da fotografia como elemento ativo da reportagem e do uso da fotopublicidade.
Tudo era motivo para uma boa fotorreportagem, satisfazendo plenamente o gosto da classe média brasileira: expedições à Floresta Amazônica para contactar tribos indígenas, o carnaval e as praias cariocas, os esportes, a política, o glamour das atrizes, os acidentes automobilísticos, os crimes famosos e a vida das nossas grandes cidades.
O resgate da memória por meio da fotografia. Curitiba, no início do século XX.
Resumir é reescrever de modo sintético as ideias ou fatos de um texto.
Três pontos devem ser observados:
Para elaboração de um bom resumo, recomendam-se os seguintes procedimentos:
a) leitura de todo o texto, buscando entender sua ideia central, ou seja, do que trata o texto;
b) releitura do texto, agora buscando observar os detalhes, significados das palavras desconhecidas, sentidos das frases mais complexas e dos conectores – isso, porém, porque, apesar de, etc. – para perceber as relações estabelecidas entre as partes do texto;
c) redação e revisão final do texto.
Mobilidade: qualidade ou propriedade do que é móvel ou de que obedece às leis do movimento; facilidade de se mover ou ser movido; facilidade de modificar a fisionomia, a expressão; inconstância, instabilidade.
Manejo: ato ou efeito de executar algo usando as mãos; ou de administrar, dirigir.
Crispar: frisar-se, enrugar-se.
Em português temos as palavras incipiente e insipiente. Veja como são apresentadas no Novo dicionário Aurélio da Língua Portuguesa:
Incipiente. Ad. 2g. que inicia, que está no começo; inicial, iniciante, principiante. [Etim lat. incipiens, entis part. pres. de incipere – começar, dar princípio].
Insipiente. Ad. 2g. 1 não sapiente; ignorante. 2 tolo, néscio 3 sem juízo, insensato, imprudente. [Etim lat. insipiens, entis desarrazoado, insensato].
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